Fez no dia 1 de Março precisamente meio-ano desde que vim para o Japão. O tempo sem dúvida passa rápido.
Este fim-de-semana fui a Tóquio para uma reunião intermédia no Centro EU-Japão. Foi bom encontrar novamente todos os outros estagiários. Estavam todos bem e animados (excepto um que teve de interromper o estágio por motivos de saúde). É engraçado reparar como os nossos caminhos são tão diversos:
- Uns estão super-motivados para o estágio, outros aborrecidos por não fazerem nada interessante.
- Uns integraram muito bem com os Japoneses (fazendo vários amigos entre os colegas, vizinhos, etc), outros convivem praticamente apenas com outros estrangeiros.
- Uns trabalham em média 11 horas por dia, outros têm dias de folga extra para viajar e conhecer o país.
- Uns falam Japonês o dia todo e com toda a gente, outros apenas Inglês.
- Daí que uns estejam cada vez melhor a falhar Japonês, enquantro outros já esqueceram o que aprenderam.
- etc.
Com isto não quero julgar ninguem, pois é óbvio que muitos não tiveram realmente qualquer escolha, e foram empurrados por vias das circunstâncias para uma situação menos desejável. Contudo, esta é a realidade deste género de programas de estágio no estrangeiro. As circunstâncias variam não só de empresa para empresa, como dentro da própria empresa. E trata-se de uma faca de dois gumes, pois mesmo para as empresas, os resultados variam muito de pessoa para pessoa.
A minha postura é: a cavalo dado não se olha o dente, ou seja, aceita-se o bom e o mau, e faz-se o melhor que se pode, com o que se tem à mão. E não me posso queixar, pois está tudo a correr acima das minhas expectativas.
Filosofia à parte, neste meio ano restante, além de continuar a dar o litro no estágio, quero ver se vejo e faço tudo o que prentendo fazer aqui, pois o relógio já está em contagem descrecente.