25 dezembro 2006

Feliz Natal!

O Japão é um país muito liberal relativamente à prática religiosa. Cerca de 85% da população pratica o Xintoísmo, 75% o Budismo, e 2% o Cristianismo. Se somarmos as percentagens temos mais do que 100% — na verdade, o japonês típico celebra os vários eventos ao longo da sua vida segundo diferente práticas religiosas: nascimento é celebrado segundo o Xintoísmo, o casamento é celebrado segundo a tradição católica (igreja, noiva de branco, etc.), e o ritual do funeral é feito segundo as práticas Budistas.

Claro que com este pragmatismo de escolher o melhor de cada religião, os Japoneses também "celebram" o Natal. Uso as aspas porque há sem dúvida diferenças. Para além de todas as implicações religiosas, a grande diferença é que o Natal é tipicamente passado com o(a) namorado(a), enquanto o Ano Novo é passado com a família. Assim, as prendas de Natal são normalmente apenas trocadas entre os casais de namorados, e dadas às crianças pequeninas que acreditam no Pai Natal. O dia 25 de Dezembro não é feriado, mas um dia trabalho normal.

As semelhanças são a confecção de comidas tipicamente natalícias, como o Christmas Cake, e comer o frango na véspera de Natal (os japoneses não comem muita carne, e talvez daí o frango em vez do perú). Todas as lojas fazem decorações de Natal. E as decorações luminosas das ruas são mesmo espetaculares.

Christmas Lights in Shinjuku Christmas Lights in Shinjuku

E com estas imagens, ficam aqui os meu votos de um Feliz Natal para todos vós!

23 dezembro 2006

Apresentação final

Ontem fizemos uma pequena apresentação em Japonês sobre temas quotidianos (o tema do meu grupo foi "Viagens Internacioais: as tendências dos Japoneses"), e com isso concluímos a parte escolar do estágio. No final das apresentações recebemos o nosso diploma e também uma prenda da escola de Japonês.

Final Presentation Final Presentation

A prenda é um selo Japonês. Surpreendemente, no Japão, os selos são usados em vez de assinaturas, apesar de todos os problemas de autencicidade que isso causa. (Na verdade, o facto não possuirmos um selo causou-nos bastantes problemas no início do estágio quando queriamos abrir a conta bancária, pois poucos bancos Japoneses aceitam abrir uma conta bancária atravéz duma assinatura em vez do selo.)

No selo está o meu nome (José) escrito em caracteres chineses: 寿世. O primeiro caractere (寿) significa festividade, vida longa, e lê-se jyu. O segundo caractere (世), significa mundo, e lê-se neste caso ze.

Depois fomos festejar para um restaurante, onde alguns colegas preparam espetáculo.

Final Presentation Final Presentation Final Presentation Final Presentation

Uma nova fase vai começar em breve: vamos começar o estágio, muitos colegas vão para longe, e não os veremos mais que um par de vezes até ao final do estágio. Eu vou no dia 8 para Iwata, que não é muito longe, pelo que espero vir com alguma frequência a Tokyo.

"O tempo passou muito rápido!" é a frase que era constantemente ouvida ontem. Sem dúvida...

18 dezembro 2006

Francesinhas

Domingo houve um encontro com alunos da Universidade Católica International, patrocinado pelo Centro EU-Japão, em que todos levaram comida típica dos seus países.

ICU Mingling Meeting

Os meus favoritos foram a Sangria feita pelos nuestros hermanos...

ICU Mingling Meeting

... e o Tiramisu feito pelos imbatíveis Italianos.

ICU Mingling Meeting

Eu cozinhei Francesinhas. Foi necessário fazer acrobacias para conseguir cozinhar em tão pequeno espaço, mas valeu apena pois as Francesinhas ficaram muito boas (a receita foi cortesia da mãe do Marco).

ICU Mingling Meeting ICU Mingling Meeting

13 dezembro 2006

Mestrado em Eng. Informática

Fiz hoje as provas do Mestrado em Eng. Informática por vídeo-conferência. O primeiro na história da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Tudo o que me preocupava que podia correr mal, felizmente, correu bem: a internet não foi abaixo; o Windows não foi subitamente infectado por um vírus; a defesa não começou atrasada, nem acabou mais tarde que o previsto; não gaguejei o tempo todo da apresentação; etc. Claro que para isso, tive de testar as webcams de todos os meus colegas para determinar qual a melhor, e deixar crescer o cabelo 1cm para evitar que a minha careca se comportasse como um reflector! O ambiente foi geralmente de descontracção, e as críticas do júri foram positivas e construtivas. Nota final: Muito Bom! ;-)

Agora que atingi este grande marco, juntamente com o facto das aulas de Japonês terem abrandado de ritmo, vai seguir-se praticamente um mês de relaxamento, o qual vou usar para me divertir à grande e à francesa e, claro, para por os posts e as respostas ao emails em dia. Prometo!

30 novembro 2006

Mercado de peixe Tsukiji

Os professores de Japones levaram-nos a conhecer mais uma atracção cultural de Tókio, Tsukiji, um enorme mercado onde se pode encontrar o mais variado tipo de peixe, e tudo o resto que o mar oferece.

Tsukiji Tsukiji

Tentei ir mais cedo que a hora marcada para chegar a tempo do leilão do atum — supostamente um dos eventos mais engraçados, em que atum inteiro é leiloado à frente da multidão. Apanhei o primeiro metro da madrugada (5h), mas infelizmente não consegui dar com o sítio do leilão a tempo; mas ainda consegui ver exposto o atum já leiloado.

Tsukiji

Estando habituado a comer o atum em lata, a minha imagem mental do atum era a de um peixe com um tamanho proporcional ao da lata. Fiquei boquiaberto ao ver atuns de 270Kg...

Os professores preparam com os pescadores para que cortassem um atum à nossa frente do modo tradicional (com facas que mais parecem katanas).

Tsukiji

No final comemos os pedaços da carne junto à espinha, com um pouco de molho de soja.

Tsukiji

Uma delícia!!

Mt. Fuji e o Shinkansen

O dia em que fui visitar a Iwata foi especialmente feliz, pois abati duas das coisas que queria fazer no Japão.

Viagei de Shinkansen — a versão Japonesa do TGV.

E vi o Monte Fuji pela primeira vez!!!

Agora falta subir até ao cume do Monte Fuji... ;-)

14 novembro 2006

Yamaha Motor, Iwata

Finalmente fui conhecer a companhia onde vou trabalhar a partir de Janeiro — Yamaha Motor —, e a cidade onde vou viver — Iwata.

O pessoal da Yamaha foi extramente simpático e atencioso. Muito acima das minhas expectivas. Estavam sériamente interessados na minha colaboração com a empresa, profissional- e socialmente. O tema da investigação também é extramente interessante, contudo não posso entrar aqui em detalhes. A reunião foi praticamente toda feita em Japonês, com uso ocasionalmente do Inglês quando eu não percebia, ou para a conversa técnica.

Iwata

Iwata é uma cidade muito simples, anti-cosmopolita. É talvez da dimensão de Espinho, também junto ao mar, mas com uma vertente mais industrial e agrícola, e não turistica. Não nego que gostava de uma cidade com mais vida, mas este género de cidade também é agradável de viver.

Iwata

Em Iwata e arredores vivem muitos brasileiros de descendência japonêsa. Por isso, podemos lêr português em vários sítios!

Iwata

Podem ver mais fotos aqui.

Tenho estado muito ocupado ultimamente. Para além do estudo do Japonês, começei agora a ler bibliografia para o estágio, estou a preparar a defesa da tese de mestrado, entre outras coisas.

30 outubro 2006

Yunessun Onsen

Finalmente fui a uma verdadeira onsen -- a Hakone Kowakien Yunessun, com o Nino e o Michael, que organizou tudo.

Contudo, a Yunessun é algo especial, pois integra onsen tradicional...

com diversões aquáticas...

e banhos únicos como café...

vinho tinto...

chá verde...

sake (bebida alcoólica japonesa derivada da fermentação do arroz)...

e outros como água salgada do mar morto, etc.

Estivemos cerca de 4 horas dentro de água. Ao início estava com receio que fosse aborrecido ao fim de um bocado, mas nada disso aconteceu. Foi mesmo relaxante experimentar aqueles banhos todos. E a vista dos banhos no exterior era realmente fantástica. O meu banho favorito foi o de café — o cheiro era mesmo agradável!

Por sermos estrangeiros, estamos acostumados a ser apaparicados pelos japoneses — há sempre um japonês interessado em meter conversa com um gaikokujin 外国人 (a palavra em Japones para estrangeiro que significa literalmente é pessoa 人 do país 国 exterior 外). Foi o que aconteceu na viagem de ida (uma japonesa simpática que meteu converso após nos ajudar a apanhar o comboio certo) e na viagem de volta (duas japonesas simpáticas que nos ajudaram a treinar o nosso Japonês, interessadas em saber mais sobre os nossos países). Mas dentro da onsen o comportamento foi muito diferente — não sempre, mas em geral, passado 2 min de entrarmos num banho a maioria dos japoneses que lá estava inicialmente tinha saído. Falei depois com vários conhecidos japoneses, sobre este estranho comportamento, e segundo eles a explicação mais provável deriva do facto de os japoneses não dominarem bem o Inglês falado, e por não ser educado estar muito tempo num banho com outras pessoas sem meter conversa, então perferem sair para evitar situações constrangedoras mais tarde. Não sei se esta é ou não a razão, mas ao fim de algum tempo já brincavamos com a situação: "Vamos lá expulsar os japoneses daquele banho!" :D

P.S: A maioria das fotos aqui foi retirada do site da onsen pois, apesar de ser permitido, não levei a minha câmara fotográfica para a zona de banhos mista por não ser impermeável.

14 outubro 2006

Aprendizagem da língua Japonesa

Turmas

Antes do começo das aulas, nós (40 pessoas ao todo) fomos agrupados em vários turmas (cada turma com cerca de 5 pessoas) de acordo com o nosso conhecimento prévio e objectivos de aprendizagem. As aulas são dadas por professores da KAI Japanese School. Devido à dimensão limitada das instalações, metade das turmas tem aulas no Centro EU-Japan — a outra metade tem aulas na Kai School.

Eu fui colocado na turma mais avançada das turmas formadas. Contudo os melhores alunos de Japonês não estão na minha turma — foram integrados nas turmas ainda mais avançadas dos cursos normais da KAI School, isto é, com outras pessoas que não fazem parte do programa Vulcanus.

A minha turma era, especialmente no início, muito díspar. Havia quem soubesse imensos kanjis, mas com um vocabulário corrente limitado. Havia quem soubesse muito de gramática. Havia quem tivese um vocabulário e conhecimento de frases idiomáticas muito alargado, mas poucos conhecimentos de gramática e de kanjis (eu).

Aulas

Num dia normal (isto é, um dia sem seminários, visitas de estudo, ou outras actividades culturais), temos 5 horas de japonês. 2 horas de manhã, das 10:00 às 12:00, e 3 horas de tarde, das 13:00 às 16:00.

De manhã, o professor (todos os dias um professor diferente) começa sempre com uma conversa informal em Japonês de 10 min: o que fizemos no fim de semana, qual a nossa rotina diária, quais são os planos para o próximo fim de semana, etc. Este tempo serve para rever a matéria e afinar os nossos cérebros no modo Japonês (em vez do modo Inglês ou Português que está por defeito), e também para esperar por um ou outro colega mais atrasado... :) Depois temos um mini-teste — todos os dias temos de ler antecipadamente a parte do livro que vai ser abordada no dia seguinte, este mini-teste cobre isso. No resto do tempo aprendemos regras de gramática com exposição teórica sempre intercalada com exercícios práticos.

À tarde temos revisões ou, mais frequentemente, conversações. Estas conversações são mais elaboradas, numa situação hipotética de cariz prático, por exemplo: como descrever a nós próprios, como descrever o nosso país, como pedir ajuda num escritório, qual a conversa de elevador apropriada para ter com o nosso chefe, etc! A última hora da tarde é sempre dedicada à realização de fichas de revisão e/ou estudo de kanji.

No caso da nossa turma (mais avançada e díspar) o estudo de kanji é feito individualmente: cada um vai estudando o livro de Kanjis ao seu ritmo e tira dúvidas sempre que precisar.

Eu

Todos nós neste momento já sabemos o suficiente da língua Japonesa para o dia-a-dia: comprimentar as pessoas, apresentarmos-nos, fazer compras, pedir ou explicar a direcção para um lugar, etc.

Pouco tempo depois de cá estar, eu já conseguia socializar com Japoneses, em Japonês. Desde o início (na verdade, mesmo antes, na viagem de avião até Tóquio) fiz um esforço por comunicar em Japonês sempre que podia, e por fazer amigos japoneses. Também fiz (e ainda faço) um grande esforço por usar o dicurso formal na escola, no Centro e na rua, e por usar o discurso informal com os amigos. É um exercício nada trivial (uma vez que varia a conjugação dos verbos e o leque de pronomes pessoais) mas sem o qual jamais poderia ser aceite pelos Japoneses: é mal educado usar discurso informal com pessoas mais importantes ou desconhecidas, mas na mesma medida é "frio" e constrangedor (ou, pior, afeminado!) falar formalmente com pessoas que são consideradas amigas.

Assim, encontro-me e falo frequentemente com os meus amigos japoneses. Também troco emails com eles, quer no computador quer no telemóvel, fazendo uso dos dicionários electrónicos que existem em ambos. Também estou a ler manga em Japonês fazendo uso do dicionário electrónico portátil que adquiri.

Objectivo

O meu objectivo é aprender o máximo possível de japonês neste ano inteiro em geral, e nestes quatro meses em particular. Há muitas regras gramaticais de desconheço ou confundo, e ainda não consigo comunicar raciocínios complexos. Também ainda conheço poucos kanjis. Em Dezembro vou fazer um exame internacional de Japonês (Japanese Language Proficiency Test) — também um objectivo, mas secundário — pois é o conselho dos professores, e também a minha opinião, que é mais importante aproveitar este tempo no Japão para praticar o Japonês, do que estar enfiado em casa a marrar para um exame que pode ser feito em qualquer parte do mundo. Em Janeiro começa o meu estágio, mas se for de todo possível, tenciono continuar as aulas de Japonês em horário pós-laboral noutra instituição. Talvez receba um reembolso do centro, mas ainda está em conversação. De qualquer forma, isso não me irá demover de continuar a aprender o máximo possível Japonês.

07 outubro 2006

O cliente é rei

Expressões como "o cliente tem sempre razão" existem por todo o mundo. No Japão, a expressão usada é "o cliente é rei" e é interpretada a um nível raramente visto...

A minha mala danificou-se na viagem de avião até ao Japão. (Nunca mais compro uma mala rígida pois a mala furou na viagem Porto-Bruxelas, e na viagem Bruxelas-Japão perdeu a roda e toda a zona envolvente, e já é uma mala substituta da que comprei, que tinha rachado quando fui aos EUA. As companhias pagam sempre mas é uma chatice ter de perder horas nos aeroportos a preencher formulários e ler instrucções de procedimentos, daí que tenciono comprar uma mala de lona para as viagens de avião.) Em qualquer caso, segui os tramites normais para recuperar a mala, uma vez que para viagens de comboio ou carro uma mala fixa serve perfeitamente.

O procedimento normal é enviar a mala por correio e a companhia aérea tenta concertar. Assim fiz, e inclui toda a informação (tal como o recibo de compra). Ontem recebi uma chamada da companhia aérea. Começou pela pergunta qual língua preferia, Inglês ou Japonês? Como o meu vocabulário em Japonês para este género de situações não é muito abrangente, respondi que Inglês seria melhor. Seguiu-se silêncio e depois alguma hesitação, pelo que retorqui "Japonês também serve!" e assim foi. A menina pediu-me imensa desculpa, pois não conseguiam concertar a mala (o que não me surpreende, pois era um grande buracão que tinha!!), e disse-me que iam enviar um catálogo de malas, do qual podia escolher qualquer mala do catálogo, e perguntou-se eu aceitava... Nesta altura eu já tinha um sorriso de orelha a orelha, mas esforcei-me para responder com uma voz firme "sim, não há problema". O catálogo chegou hoje, e o preço das malas vai até aos €200 (a mala custou-me €80)! :D

Mas a minha história não é primeira do género que tive conhecimento. Num dos seminários sobre o Japão que tive, o locutor contou o episódio em que foi almoçar um restaurante com a mulher e, inadvertidamente, uma funcionária tropeça e verte a comida por cima da mulher. Imediatamente, todas as funcionárias acorrem em círculo à senhora, enxaguando e limpando-a, enquanto o gerente pede imensa desculpa (ao marido, claro!), que é culpa dele por não ter dado suficiente treino e motivação aos seus funcionários. (Um aparte interessante é que ninguem olha para o sucedido — todos os outros clientes fazem de contam que nada aconteceu, para não criar constrangimentos.) E enquanto as funcionárias levam a senhora para tratar dela, o gerente diz que pode escolher tudo o que quiser do menu — que é por conta da casa! Ao fim da tarde, a mulher apareceu, com um novo pentiado e um novo vestido!

O sentimento é geral — no final uma pessoa acaba por sentir-se feliz por aquela infelicidade ter acontecido! Sem dúvida que se sente rei! :)

01 outubro 2006

Yokohama

Na passada sexta-feira estava previsto visitarmos as empresas onde vamos estagiar. Contudo, grande parte acabou por não fazer esta visita tão cedo. Talvez devido à distância, eu fui um desses casos. Por isso, foi um dia de lazer!

O Alejandro — de Alicante, Espanha, e um dos tipos mais divertidos do grupo — está a viver em Yokohama — normalmente referida como a a segunda maior cidade depois de Tókio.

A estação de combios de Yokohama é monstruosa, e demorou uma hora para conseguir encontrarmos-nos a todos. Inicialmente a ideia era irmos para a praia, mas o tempo estava meio encoberto e desistimos dessa ideia. Fomos directos para a chinatown de Yokohama para saciar a fome.

Chinatown

Após a refeição decimos passear pelo parque, e fizemos uma siesta no jardim sobre o terminal portuário de passageiros, aquecidos pelo sol e uma leve brisa. Ah... isto sim é vida!

Siesta at the pier Yokohama Siesta at the pier

Depois dirigimos-nos em direcção ao edício mais alto do Japão.

Yokohama

Mas por quase unanimidade, optamos pela roda gigante que, apesar de ter apenas metade da altura, gira! Já era de noite, e a vista era fabulosa.

Yokohama Yokohama

Yokohama, por ter ser uma cidade portuária, teve sempre uma percentagem maior de estrangeiros. Neste dia, estava a decorrer a Yokohama Oktoberfest — uma feira de comes e bebes europeus (essencialmente cerveja e salsicha alemã :). Nesta altura do nosso grupo só restava os Ibéricos (isto é, eu e os espanhóis). E sentamos-nos ao lado de um grupo ainda mais energético de professoras histéricas de Inglês, vindas dos EUA. Se juntarmos à mistura japoneses desejosos de convívio, o resultado foi uma grande festa!

Yokohama Oktoberfest Yokohama Oktoberfest Yokohama Oktoberfest

E ao fim de um bocado, pusemos toda a gente a dançar a conga.

Eu, como é já meu costume, aproveito para falar Japones com quem puder. Conheci uma senhora muito simpática, que me convidou para ir um dia lá a casa conhecer a família, e provar comida caseira Japonesa!

No proximo fim de semana (quando termina a feira) vamos lá voltar, mas desta vez levamos a comitiva toda para arrazar!

Havia muita coisa para ver em Yokohama, mas devido à fatiga resultante de uma semana de trabalho, fugimos (in)conscientemente de museus, munumentos (e etc.), optando mais pelo convívio e diversão. E não me arrenpendo — pois ficamos com excelentes recordações, e com mais energia para outra semana.

Podem ver mais algumas fotos aqui.

Ginásio

Após muito procurar, finalmente encontrei um ginásio não muito longe, nem muito caro.

Mas o facto talvez mais interessante é que me pesei pela primeira vez desde que saí de Portugal, e perdi 5kg em três semanas... Seria bom que esses 5kg fossem subtraídos apenas à barriguinha, mas com apenas três refeições diárias (em vez das cinco-seis que fazia em Portugal), e uma dieta pobre em carne, infelizmente tal não é verdade.

Daí que comecei a levar lanche na sacola e comprei suplementos proteícos e multi-vitamínicos — que acaba por ser uma solução muito mais económica de encontrar esses nutrientes tão em falta na dieta Japonesa.

23 setembro 2006

Odaiba

No fim de semana passado, fomos a Odaiba, uma ilha artificial na baía de Tóquio, com vários entretenimentos, especialmente museus.

Odaiba

Atravessamos a pé a Raibow Bridge para apreciar a vista.

Raibow Bridge Odaiba

Depois visitamos o Museu Nacional de Ciência Emergente e Inovação. Trata-se de um museu dedicado às novas tecnologias (genética, nanotecnologia, magnetismo, entre outras), mas é bastante particular pois quase todo o material exposto permite interacção com o visitante — afinal, estamos a falar do Japão! Isto torna o museu muito apelativo às crianças — há mesmo workshops para a construção de robots!

National Museum of Emerging Science and Innovation

Da minha parte, uma vez que não queria dedicar o dia inteiro para o museu, teria perferido mais conteúdo escrito, e menos conteúdo interactivo. A parte mais interessante para mim, foi o concurso de interactividade inovadora feita por alunos universitários Japoneses, onde pude ver gerigonças muito divertidas e geniais. Alguns dos trabalhos já tinha visto antes — o (meu irmão) Tiago visita frequentemente sites relacionados com novidades tecnológicas do Japão — estou certo que ele também reconhecer estas fotos: (um deformador de objectos via luz estroboscópica, e uma impressora de gotas)

National Museum of Emerging Science and Innovation National Museum of Emerging Science and Innovation

Pelo caminho passmos por uma praia...

Praia Praia

... e pelo edifício Fuji TV, com uma arquitectura muito peculiar.

Odaiba